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No início, nada havia.
(Na verdade, havia sim).

Aulas, matérias, trabalhos, provas, trabalhos, seminários, trabalhos, pré-projeto e mais trabalhos. A realidade de um sétimo período de faculdade nunca foi tão deturpada quanto dois estudantes poderiam pensar. Dois estudantes, não! Todos. Todos de uma sala que imaginavam que o final do curso seria o final dos problemas. Ledo engano.

E da obrigatoriedade acadêmica, surge o resultado.
(Pra falar a verdade, o que surge é mais um trabalho).

Em uma dessas aulas escondida entre matérias, trabalhos, provas, trabalhos, seminários, trabalhos, pré-projeto e mais trabalhos, uma nova incumbência: criar um blog. Um blog que poderia ser sobre qualquer coisa.

Qualquer coisa?

É. Qualquer coisa. Pelo menos foi isso que nós entendemos.

Transformando um “qualquer” em um “algo”.
(Isso sim é verdade).

Por incrível que pareça, a fase mais difícil do processo criativo foi justamente criar alguma coisa. Eram tantas possibilidades que nós, acadêmicos aplicados que somos, chegamos a um consenso. Não iríamos, sob hipótese alguma, falar sobre aulas, matérias, trabalhos, provas, trabalhos, seminários, trabalhos, pré-projeto e mais trabalhos.

O “plim”.
(O “plim” é o barulinho da lâmpada que aparece nos desenhos quando alguém tem uma ideia brilhante. Não se preocupe se você não entendeu bem. Nós também não).

Pensamos e pensamos. Queimamos tantos neurônios que ficamos com medo de desenvolver o raro poder da autocombustão. Tentativas após tentativas, só para comprovar que cada proposição temática de um não convencia o outro, e vice versa. Chegamos ao extremo onde só a internet nos unia. Cada um em seu computador. E o mais surpreendente é que, tentando abstrair de nossas obrigações, encontramos nosso mote bloguístico: atualidades.

Nem tudo é o que parece.
(E nos nossos textos, menos ainda).

Se escrever era nossa obrigação, por quê fazer do jeito que todos fazem? Pesquisando em diversos portais de notícias, percebemos que tudo é muito igual, muito jornalístico. Não gostamos do muito igual, muito menos do jornalístico. Queríamos fazer algo politicamente incorreto, que soasse publicamente jocoso. Algo que fosse auspicioso o suficiente para atrair leitores e, ao mesmo tempo, irônico o bastante para prendê-los na leitura.
Completando a equação.
(Nós + (notícias – mesmície + sagacidade) x Internet + você = ?)

Não fizemos o que pudíamos. Fizemos o que queríamos. Moldamos nosso pequeno “Frankenstein” textual com nossas próprias características. Não esperamos agradar a todos. Não queremos agradar a todos. Mas se você chegou até aqui, lendo tudo isso que escrevemos e concordou pelo menos o suficiente para querer saber quem nós somos, você realmente merece.

Junior Liston. Rafael Haumann. Quase publicitários.

Entre e fique à vontade.